Agradecimentos

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Modelos da pesquisa interna das necessidades


A pesquisa interna das necessidades envolve 5 modelos, a destacar:

As necessidades de pessoal são uma variável dependente da procura estimada do produto ou do serviço.
A relação entre as duas varáveis- número de pessoas e procura do produto/serviço- é influenciada por variações na produtividade, tecnologia, disponibilidade interna e externa de recursos financeiros disponibilidade de pessoas na organização. Qualquer acréscimo de produtividade decorrente de mudança na tecnologia certamente trará uma redução das necessidades de pessoal por unidade adicional de produto/serviço. Esse acréscimo de produtividade trará também uma redução do preço do produto/serviço, de tal maneira que resulte em um aumento de vendas e, consequentemente aumento das necessidades de pessoal. Este modelo utiliza previsões de dados e está voltado para o nível organizacional da organização. Não leva em conta possíveis factos imprevistos, como estratégias dos concorrentes, situação do mercado, de clientes, greves, falta de matéria-prima, etc.



2. Modelo baseado em segmentos de cargos
Este modelo focaliza o nível operacional da organização. É uma técnica de planeamento utilizada por empresas de grande porte.
aa) Escolha de um fator estratégico (como nível de vendas, volume de produção, plano de expansão) para cada área da empresa. Trata-se de escolher um factor organizacional cujas variações afectam as necessidades de pessoal;
bb) Estabelecer níveis históricos (passado e futuro) para cada factor estratégico;
cc) Determinar os níveis históricos da mão-de-obra para cada área funcional;
dd) Projectar os níveis futuros de mão-de-obra para cada área funcional, correlacionando-os com a projeção dos níveis (históricos e futuros) do fator estratégico correspondente.
Outras empresas preferem calcular suas necessidades totais de pessoal com base em projeções relacionadas apenas com certos segmentos (ou famílias) de cargos de sua força de trabalho que mais apresentem variações.

3. Modelo de substituição de postos-chaves
Muitas organizações utilizam mapas de substituições de encarreiramento, quem substitui quem na eventualidade de alguma possível vaga futura dentro da organização. Através de sistema gerêncial é montado esse mapa. Vai depender de duas variáveis: desempenho e promovabilidade, ou seja, o desempenho atual é obtido através das avaliações de desempenho.

4. Modelo baseado no fluxo de pessoal
É um modelo que caracteriza o fluxo de pessoas para dentro, através e para fora da organização. A verificação histórica e o acompanhamento desse fluxo de entradas, saídas promoções e transferências internas permitem uma predição em curto prazo das necessidades de pessoal da organização. Trata-se de um modelo conservador, adequado para organizações estáveis e sem planos de expansão.
É capaz de predizer as consequências de contingências, como a política de promoções da organização, aumento da rotatividade, ou dificuldades de recrutamento. É útil na análise do sistema de carreiras, quando a organização adota política consistente nesse sentido.

5. Modelo de planeamento integrado
É o modelo mais amplo e abrangente. Do ponto de vista de insumos, leva em conta quatro fatores, a saber:
     a) Volume de produção planeado;
b   b) Mudanças tecnológicas que alterem a produtividade do pessoal;
c   c) Condições de oferta e procura no mercado e comportamento da clientela;
d   d) Planeamento de carreira dentro da organização.
Do ponto de vista do fluxo interno, o planeamento de pessoal considera a mutável composição da forca de trabalho da organização, acompanhando as entradas e saídas de pessoas, bem como a sua movimentação na organização. O modelo integrado é um modelo sistémico e abrangente de planeamento de pessoal.



Planeamento De Pessoal


Consiste em antecipar qual a força de trabalho e os talentos humanos necessários para atingir os objetivos organizacionais. Nem sempre essa tarefa é de responsabilidade de pessoal da organização. É de extrema importância antecipar a quantidade e qualidade das pessoas necessárias a organização. Nas empresas industriais geralmente é usado o planeamento da “mão-de-obra direta” (horistas ligado a produção industrial e localizado no nível operacional), no curto prazo é feito pelo órgão responsável pelo planeamento e controle de produção (PCP), para que se possa cumprir os programas de produção.

Para alcançar todo seu potencial de realizações a organização precisa ter as pessoas adequadas disponíveis para o trabalho a ser realizado.
Todos os gerentes devem estar seguros de que os cargos sob sua responsabilidade estão ocupados por pessoas capazes de desempenhá-los adequadamente. Isto requer um cuidadoso planeamento de pessoal.

Pesquisa Interna das Necessidades


Segundo (CHIAVENATO, 2000), pesquisa interna refere-se ao levantamento interno das necessidades de recursos humanos da organização em todas as áreas e níveis da mesma a curto, médio e longo prazo.
Corresponde a uma pesquisa sobre as necessidades da organização em relação aos recursos humanos e quais as políticas que a organização pretende adoptar em relação ao seu pessoal.
Esta pesquisa, geralmente, envolve a:

  • 1.      Elaboração das políticas de recrutamento;
  • 2.      Organização do recrutamento, delegação de autoridade e responsabilidade apropriadas a essa função;
  • 3.      Listagem dos requisitos necessários à força de trabalho;
  • 4.      Utilização de meios e técnicas para atrair;
  • 5.      Avaliação do programa de recrutamento, em função dos objectivos e dos resultados alcançados.
Em suma a pesquisa interna das necessidades é o que a organização precisa de imediato e quais são seus planos futuros de crescimento e desenvolvimento. Esse levantamento tem que ser contínuo e constante e deve envolver todas as áreas e níveis da organização. Para que possamos saber as necessidades de pessoal e o perfil e características dos novos participantes deverão possuir e oferecer. Em muitas organizações a pesquisa interna é substituída por um trabalho mais amplo denominado planeamento de pessoal.

Origem da Teoria das Relações Humanas


Os factores que originam a Teoria das Relações Humanas são:

1.      A necessidade de humanizar e democratizar a administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano.
2.      
O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a psicologia e a sociologia.
3.    
  As ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin foram capitais para o humanismo na administração.
4.     
As conclusões da Experiência em Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo.

Planeamento estratégico


Planeamento estratégico é o processo de selecção dos objectivos de uma organização. É a determinação das políticas e dos programas estratégicos necessários para se atingir objectivos específicos rumo à consecução das metas: e o estabelecimento dos métodos necessários para assegurar a execução das políticas e dos programas estratégicos

Planeamento estratégico é o processo de planejamento formalizado e de longo alcance empregado para se definir e atingir os objetivos organizacionais.

MUNHOZ, Aylza. Seminário sobre Estratégia Empresarial, Porto Alegre, 1993.


Planeamento estratégico é o processo através do qual a empresa se mobiliza para atingir o sucesso e construir o seu futuro, por meio de um comportamento proactivo, considerando seu ambiente actual e futuro.


Processo - Planeamento é um processo, sendo portanto permanente, vivo, dinâmico, capaz de incorporar as mudanças do ambiente. Deve durar enquanto a empresa existir.
Mobiliza - Este processo aglutina forças e mobiliza a empresa como um todo, em direcção ao sucesso.
Construir o futuro - Planear não é prever ou advinhar o futuro, mas sim construí-lo. A empresa, mais do que o direito, tem o dever de escolher seu futuro e mobilizar suas forças para construí-lo.
Comportamento proactivo - Para a empresa construir o futuro desejado, não basta reagir. É fundamental proagir (acto de antecipar, fazer acontecer, em vez de esperar que aconteça).
Ambiente - O ambiente é a principal fonte de vida para uma empresa, portanto o planeamento estratégico deve enfatizar a sintonia entre a empresa e seu ambiente.

STONER, James A. Administração. Rio de Janeiro : Prentice-Hall do Brasil, 1985.




Características do Planeamento Estratégico

Não existe uma definição universalmente aceita de Planeamento Estratégico e muitos autores e administradores não concordariam inteiramente com o que acabamos de dar. Entretanto, provavelmente haveria mais acordo quanto a cinco importantes atributos do planeamento estratégico:
O planeamento estratégico lida com questões fundamentais ou básicas. Dá resposta a perguntas como, por exemplo: " Em que ramo estamos e em que ramo deveríamos estar?" e "Quem são nossos clientes e quem deveriam ser eles ? "
O planeamento estabelece um quadro de referência para o planeamento mais detalhado e para as decisões administrativas do dia-a-dia. Diante destas decisões, o administrador pode indagar: "Qual dos caminhos possíveis será mais compatível com nossa estratégia?"
O planeamento estratégico envolve um prazo maior que outros tipos de planeamento
O planeamento estratégico dá um sentido de coerência e força aos actos e decisões da organização no tempo
O planeamento estratégico é uma atividade de nível superior no sentido de que a direção tem que ter uma participação ativa nele. Isto ocorre porque, em primeiro lugar, só a direção tem acesso às informações necessárias para se levar em consideração todos os aspectos da organização; e, em segundo lugar, porque o compromisso da direcção é necessário afim de se conseguir o compromisso dos níveis mais baixos.

PAGNONCELLI, Dernizo; VASCONCELLOS Filho, Paulo. Sucesso empresarial planejado. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1992.

Estratégia Empresarial


Estratégia Empresarial pode ser caracterizada pela conjugação produto/mercado, isto é, a especificação dos produtos com os quais a empresa pretende atingir seus objetivos e dos mercados onde ela pretende operar para cooca-los ou vendê-los.

Também pode-se entender a Estratégia Empresarial pela escolha dos vectores de crescimento que indicam qual direção a empresa seguirá, tendo por base sua conjugação produto/mercado escolhida, ou sua "vantagem competitiva", ou seja, o perfil de competência da empresa em relação aos seus concorrentes.

Portanto se Estratégia é a mobilização de todos os recursos da empresa no âmbito global, visando atingir objetivos a longo prazo, Estratégia Empresarial é o conjunto dos objetivos, finalidades, metas, diretrizes fundamentais e os planos para atingir esses objetivos, postulados de forma a definir em que atividades se encontra a empresa (negócio) que tipo de empresa ele é ou deseja ser (missão).

STONER, James A. Administração. Rio de Janeiro : Prentice-Hall do Brasil, 1985.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

As Relações Públicas como Instrumento da Gestão


As Relações Públicas como Instrumento da Gestão
Segundo John White, as Relações Públicas ajudam as organizações a interagir com eficácia e a comunicar com os seus públicos alvo. O contributo que dão à gestão deve-se ao facto de se focalizarem em metas como a adaptação, a cooperação e a interacção. As Relações Públicas utilizam a comunicação para afectar no comportamento das pessoas, grupos ou organizações sendo  o alcance destas metas observável no comportamento dos membros dos grupos de interesse da organização e nos seus próprios elementos.
Para o nosso objectivo, definimos as técnicas de gestão como:
«[…]competência de supervisionar e coordenar as actividades básicas de RP, que são a análise de pesquisa e a comunicação. As RP são função de gestão porque envolvem três grandes técnicas de gestão - a habilidade de planear, organizar e dirigir, sendo todas elas importantes para a coordenação da pesquisa, análise e comunicação.»
O profissional de R.P. faz o planeamento de projectos para serem implementados de molde a que eles produzam feedback relativamente aos empregados, aos clientes e a qualquer elemento que fornece informação. Neste sentido, ele tira vantagem de todas as pesquisas e análises que faz, utilizando-as para fazer novas análises, pesquisas ou utilizar outros tipos de comunicação. Uma vez que o plano é aceite, organiza os recursos necessários para a concretização dos projectos, com sucesso.
Segundo John White, os profissionais de Relações Públicas têm uma visão ampla dos interesses da organização. O papel que desempenham obriga-os a observá-la num contexto social, acedendo a assuntos sociais e a grupos de interesse, de um modo que lhes possibilita introduzir inovação na organização que aconselham. A perspectiva de Relações Públicas é de grande valor para a gestão porque complementa outras perspectivas, como a gestão financeira ou de marketing, e que, em conjunto, conduzem à tomada de decisões. Sendo uma parte da gestão global, as Relações Públicas estão relacionadas com a gestão de relacionamentos importantes da organização, nomeadamente, o governo, os media, a comunidade, os empregados e outros grupos de interesse. As Relações Públicas influenciam o comportamento destes grupos, na prossecução dos objectivos da organização.
As Relações Públicas contribuem para a tomada de decisão, porque informam a Direcção sobre a opinião dos grupos, dentro e fora da organização. Contribuem para que a gestão identifique os objectivos e as actuações da organização de modo mais adequado, antes de as transmitir aos grupos de investidores, clientes, ou aosmedia.
«As relações públicas funcionam como a interface entre a gestão de uma empresa (emissor) e os seus públicos (receptor) […]são intérprete da gestão da empresa para os seus públicos e tradutoras das atitudes desses públicos para os órgãos de gestão
A função que as Relações Públicas desempenham nas organizações e a importância que têm para outras actividades na área da gestão varia consideravelmente de empresa para empresa. As actividades das organizações e as áreas problema existentes determinam os públicos-alvo que, por sua vez, compreendem os grupos do meio com os quais a organização se relaciona. No entanto, o alcance das Relações Públicas estende-se para além da tradicional função de relações com a imprensa e da simples técnica de comunicação, estando cada vez mais envolvida no planeamento estratégico da organização. As Relações Públicas oferecem um serviço, não apenas à organização, mas, também, aos departamentos individuais.

As Relações Públicas como Técnica de Comunicação


A comunicação é um instrumento fundamental das Relações Públicas, pois é através dela que qualquer organização se relaciona com os seus públicos. A comunicação deve estabelecer-se numa perspectiva de troca e de reciprocidade entre a organização e os seus públicos, através do intercâmbio de informações. A comunicação pode ser definida como sendo:
« […]o processo através do qual se conduz o pensamento de outra pessoa, ou de um grupo a outro. Transmissão de qualquer estímulo que venha a alterar ou revigorar qualquer comportamento, através dos veículos de comunicação ou da interacção pessoal. É uma das cinco funções básicas das relações públicas.»

Como já tivemos oportunidade de referir, as Relações Públicas são uma técnica de comunicação que tem por objectivo difundir a boa imagem de uma empresa, ou apenas alguns dos seus aspectos, junto dos seus diversos públicos. De facto, a actividade de Relações Públicas pode-se exercer sobre a imagem global de uma instituição, junto de todos os seus públicos, ou sobre uma imagem sectorial procurando atingir um público restrito.

Claudia Canilli reforça a ideia das Relações Públicas como instrumento de comunicação. Na sua opinião, não basta dizer que as Relações Públicas têm a finalidade de manter relações harmoniosas entre a organização e a direcção, os empregados, os accionistas, os sindicatos, os fornecedores, os clientes e os órgãos do governo. Ela amplia o conceito, adoptando a definição de Paul Winner, segundo o qual as Relações Públicas «[…] são um processo directo de comunicação para fazer as pessoas compreender de forma eficaz e precisa aquilo que nós queremos que compreendam, o que pensamos que elas devem entender para serem capazes de tomar decisões e ter reacções que concorram para o que queremos levar a cabo.»

Para que uma organização conheça o meio em que está inserida, deve ouvir os públicos que o constituem. Isto confirma que comunicar não significa unicamente enviar mensagens, mas também saber ouvir os nosso interlocutores.

Segundo Margarida Kunsch, o objectivo das Relações Públicas não é somente informar os seus públicos, mas estabelecer um relacionamento estrito de ideias e atitudes que só é possível pela comunicação. É neste sentido, como já referimos, que reside o trabalho de comunicação das Relações Públicas, implicando necessariamente uma comunicação bidireccional. Para isso, as Relações Públicas utilizam diversos veículos de comunicação para divulgar as mensagens da organização e concretizar os planos em acções organizadas.

As Relações Públicas não são um fluxo de informação unilateral porque cumprem um papel interactivo. Tony Greener define a comunicação interactiva das Relações Públicas nestes termos:

« Primeiro temos que definir o que queremos dizer e dizê-lo de forma clara e concisa. Logo, devemo-nos assegurar que o que dissemos foi entendido por aqueles a quem comunicámos. Finalmente temos de nos assegurar que a audiência sabe perfeitamente o que pretendemos que seja a consequência da nossa comunicação, o que inclui o direito de resposta. Se não temos todos estes elementos, estamos a perder o tempo.»

Expressar, esclarecer e assegurar a compreensão das mensagens pelos públicos, são três regras básicas fundamentais para as múltiplas actividades de Relações Públicas.
As Relações Públicas, como função de comunicação estabelecem estratégias para afectar tanto o meio como a organização. A função de comunicação é entendida no sentido de afectar o modo como as pessoas do meio sentem e reagem à organização.

Os profissionais de Relações Públicas colaboram na adaptação da organização ao meio porque têm um acesso mais directo à gestão e influenciam na tomada de decisão.
No dizer de Margarida Kunsch, numa visão de comunicação integrada, as Relações Públicas têm uma importância essencial na adequação dos meios de comunicação que uma organização utiliza para atingir os públicos multiplicadores das suas comunicações mercadológicas e institucionais.

As Actividades das Relações Públicas


As Actividades das Relações Públicas

As actividades mais comuns exercidas pelo departamento de Relações Públicas são:
a)     pesquisa - de opinião de empregados, accionistas, clientes, fornecedores, comunidade, tendências sociais, económicas e políticas e exame das técnicas de RP;
b)     planeamento - estabelecer objectivos, determinar métodos de comunicação e cronometragem, atribuição de orçamentos e pessoal, determinação das regras básicas de RP;
c)      coordenação - informações e recomendações aos empregados, directores chefes, grupos de planos de acção, membros da comunidade;
d)     administração - de um departamento de RP que presta serviços aos vários departamentos da instituição;
e)     produção - de Publicidade, filmes, publicações, Propaganda institucional, acontecimentos especiais, discursos, correspondência e boletins, participação na vida da comunidade, conselhos aos dirigentes sobre problemas de RP.
Segundo Grunig, a principal finalidade das Relações Públicas é a disseminação da informação, a resolução de conflitos e o estímulo à compreensão.
Para este autor, os departamentos de Relações Públicas excelentes « […] são aqueles que são geridos estrategicamente no sentido de maximizar o contributo dos programas de comunicação para a eficácia organizacional.» Envolvem a pesquisa do ambiente interno e externo da organização e apresentam informação a diferentes níveis de gestão.
Claudia Canilli  sintetiza os diversos objectivos específicos das Relações Públicas num principal « […]conquistar e conseguir o consenso  do público relativamente às actividades próprias de uma organização, independentemente do seu tipo.»
Para atingir os seus objectivos, as Relações Públicas desempenham quatro tarefas especializadas:
1.      estabelecer e manter uma imagem correcta da organização, dos seus produtos, dos seus serviços, da sua política e pessoal;
2.      aconselhar a gestão sobre problemas, soluções e técnicas de comunicação;
3.      informar os públicos sobre as políticas, actividades, pessoal, serviços e produtos para obter o máximo conhecimento e um melhor entendimento; 
4.      controlar a opinião exterior e dar essa informação à gestão.
As tarefas de Relações Públicas visam modificar o output de uma instituição com o fim de obter uma imagem bem aceite pelo ambiente e intervir sobre o input da organização para modificar a sua atitude em relação ao ambiente. Para construir, defender e melhorar a imagem da organização, faz parte das funções de Relações Públicas interpretar e dar à gestão todas as informações recolhidas do meio ambiente, para saber ondecomoporquê se deve modificar o comportamento da organização.
Uma empresa que utilize as Relações Públicas estrategicamente, desenvolve programas para comunicar com os seus públicos, interno e externo, que proporcionam grandes oportunidades à organização.
A comunicação só é estrategicamente gerida quando as Relações Públicas participam da função do planeamento estratégico, ajudando a identificar os públicos-alvo da organização e desenvolvendo, ao nível funcional, programas de Relações Públicas para construir relações sólidas e duradouras com os públicos estratégicos, que podem constranger ou aumentar a eficácia organizacional.

A Função das Relações Públicas


 A Função das Relações Públicas

Nos últimos anos tem-se questionado a confiança nas instituições e, em consequência disso, actualmente ambiciona-se um tipo de relação fundada noutras formas de relacionamento. O campo de acção das Relações Públicas tem-se tornado num importante instrumento de gestão das organizações, auxiliando actividades como a Publicidade, o jornalismo, a promoção de vendas e as relações com a imprensa.  Jaurês Rodrigues Palma refere que o ponto principal do papel das Relações Públicas é complementar a Publicidade, estabelecendo um mecanismo de selecção junto do público e trabalhando a imagem da empresa inserida num contexto social, isto é, estabelecendo um relacionamento. Deste modo, as Relações Públicas estão presentes nos negócios das empresas, juntamente com o Marketing e o Merchandinsing, com o objectivo de criar um clima favorável para o aumento das vendas.
Através do diálogo, as Relações Públicas podem contribuir para criar um clima de confiança indispensável à coexistência harmoniosa de uma instituição com os seus diferentes públicos. As Relações Públicas são, portanto, uma técnica em que, através de três vertentes principais - a delegação, a aceitação social e a comunicação - se tenta estabelecer, de forma sistemática e planeada, um sistema de comunicação biunívoco, com a finalidade de manter os públicos informados, adequando para tal, os diferentes meios existentes.
É muito importante que toda a organização funcione da forma mais aberta possível. A obtenção de informação precisa sobre as mudanças do meio e a sua correcta interpretação necessitam de uma comunicação eficaz nos dois sentidos, entre a organização e os grupos com os quais se relaciona, devendo haver também um controlo da comunicação entre estes grupos de forma a minimizar o conflito. É esta a função das Relações Públicas.

Relações Públicas


Relações Públicas

Relações Públicas é provavelmente o conceito mais antigo utilizado para descrever as actividades de comunicação das organizações, apesar de, posteriormente, terem surgido vários conceitos para as descrever. Existem várias definições de Relações Públicas, umas mais abrangentes, outras mais restritas.
Grunig define as Relações Públicas como «[…]a gestão da comunicação entre a organização e os seus públicos.» Esta definição relaciona as Relações Públicas com a gestão da comunicação. Elas são mais do que uma técnica de comunicação, incluindo todo o planeamento, execução e avaliação da comunicação de uma organização, com ambos os públicos, interno e externo, que afectam no modo como a organização atinge os seus objectivos.
Para o autor, a comunicação da organização é gerida pelos profissionais de Relações Públicas, sob as formas de comunicação interna e externa. Na sua opinião, os profissionais da área devem colaborar com os gestores de topo da organização no processo de decisão, apesar de o seu papel principal ser o de comunicadores.
Grunig, Cutlip e Richard Crable  partilham da ideia de que as Relações Públicas são mais do que uma técnica de comunicação.
Na perspectiva dos autores, as Relações Públicas estão relacionadas com duas variáveis-chave, designadamente, a comunicação e a gestão. As Relações Públicas têm um âmbito mais alargado, não se limitando a técnicas de comunicação, nem a programas específicos de Relações Públicas. O estudo da comunicação, ou seja, a pesquisa e a análise das relações que se estabelecem entre as partes que se relacionam, a sugestão de estratégias de comunicação e a reavaliação desses relacionamentos, são fases do processo de Relações Públicas que envolvem as ditas variáveis-chave. A comunicação, indispensável a qualquer organização,  adquiriu o status de instrumento de gestão e os profissionais de Relações Públicas e comunicação deixaram de ser considerados meros condutores de informação, actuando como conselheiros estratégicos da gestão de topo.
As Relações Públicas, como técnica de comunicação, permitem que a empresa e os seus públicos comuniquem, com a intenção de chegar a um consenso, criando e desenvolvendo estratégias e programas de comunicação para influenciar a opinião pública sobre uma ideia, um produto ou uma organização. Através da informação de factos e conhecimentos concretos, procuram identificar a opinião dos públicos com a opinião da organização, a que J. Penteado chama «sintonia dos interesses», servindo-se para este efeito de pesquisas de opinião, através das quais analisam os resultados obtidos e as suas prováveis consequências, com o objectivo de melhor informar a gestão.
As Relações Públicas internas desenvolvem-se pela livre circulação das informações e as Relações Públicas externas visam levar essas informações da organização ao conhecimento do público. Para que as Relações Públicas sejam verdadeiramente efectivas, devem estabelecer um contacto directo e recíproco com todas as áreas da organização, onde o público interno adquire um papel extremamente relevante na criação de uma boa imagem. Assim, é essencial existir uma boa comunicação com este público, pois ele assume um carácter determinante no êxito da organização. Nesta perspectiva, a actividade de Relações Públicas possibilita que a Administração de uma organização comunique, de forma mais eficaz, com todos os públicos com que se relaciona, ajudando na resolução de problemas e construindo uma imagem de prestígio.
Cabrero[10] levanta outra questão, ao citar Lucien Matrat, que declara que «As relações públicas não são uma técnica de comunicação, são uma estratégia  de confiança que a sua autenticidade e consequentemente a sua credibilidade dá à organização». Segundo este autor, a credibilidade que o receptor atribui às mensagens que recebe é um ponto crucial da comunicação.

o que são Relações Públicas ?

A gestão das relações e da comunicação de uma organização. Mas existem várias definições:

uma função da administração distinta, que ajuda a estabelecer e manter linhas mutuas de comunicação, entendimento, aceitação e cooperação entre a organização e os seus públicos; envolve a gestão de problemas ou temas importantes; ajuda a administração a manter-se informada sobre a opinião pública e pronta a responder perante ela; define e sublinha a responsabilidade da administração em servir o interesse do público; ajuda a administração a ficar a par da mudança e a usa-la, serve como um mecanismo de aviso prévio para antecipar modas; usa a pesquisa e uma comunicação racional, sã e ética como ferramentas principais.
        O trabalho de relações públicas é baseado numa comunicação planeada e cumpre um papel muito importante em qualquer empresa, fábrica, instituição organização ou associação. O trabalho de relações públicas gere e desenvolve o nível de confiança necessário dentro da organização para criar liberdade de acção nas actividades que estiverem a decorrer ou estejam planeadas.
As relações públicas servem vários interesses numa organização. Para a administração, o trabalho de relações públicas é uma ferramenta estratégica e de acção, desenvolvendo o conhecimento, atitude e compromisso dos stakeholders. Para os funcionários, isto significa ter a possibilidade de participação. A comunicação é ainda um pré-requisito para um processo de tomada de decisão democrático. [...]

Onde surgiram as Relações Públicas ?

As relações públicas têm a sua origem nos Estados Unidos com Ivy Lee e Edward Bernays. Foi Ivy Lee que escreveu os primeiros princípios de relações públicas em 1906.

Qual é o papel das Relações Públicas nas organizações ?

Além de manter o público interno informado, as relações públicas preocupam-se em identificar os vários grupos e garantir o entendimento entre eles e a administração.

Outras funções referem-se a:
Comunicar com os meios de comunicação social
Realizar pesquisa de Relações Públicas
Dar apoio ao processo de decisão