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domingo, 25 de agosto de 2013

TIPOS E METODOS DE PESQUISA (MEIC)


TIPOS E METODOS DE PESQUISA

Relatório

É a exposição escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se historia a execução de serviços ou de experiências. É geralmente acompanhado de documentos demonstrativos, tais como tabelas, gráficos, estatísticas e outros.

 

Tipos de relatório

Depois de concluída a pesquisa, deve ser feito um relatório (um relato) para entregar a quem se destina ou para tornar pública a pesquisa. Se o relatório diz respeito ao desenvolvimento de uma pesquisa técnica, será um relatório técnico; se diz respeito aos resultados de uma pesquisa científica, será um relatório científico. Assim, a depender da natureza do trabalho, tomará diferentes nomes, como:
·         Monografia - (este termo tem dois sentidos: quando se trata de trabalho escrito para curso de especialização lato sensu ou quando se trata de um trabalho teórico que versa sobre um assunto único);
·         Dissertação - é o trabalho apresentado para exame de proficiência nos cursos de mestrado;
·         Tese - é o trabalho apresentado para exame de proficiência nos cursos de doutorado;
·         Artigo - (científico), é um trabalho apropriado para ser apresentado em revista científica, geralmente com número reduzido de páginas. Tem o objetivo de divulgar resultados parciais ou totais de trabalhos científicos ou contestar outros artigos;
·         Comunicação científica – tem as mesmas características do artigo e se presta a ser apresentado em congressos e simpósios e registrados nos anais e revistas daqueles eventos;
·         Ensaio - é um tipo de trabalho científico que pode ser apresentado de forma mais leve, sem a rigidez das normas técnicas da ABNT e no qual o autor pode tecer considerações e emitir opiniões que não precisam necessariamente serem comprovadas. Mas tem caráter científico e geralmente se respalda em um grande conhecimento sobre o assunto escrito;
·         Resenha - é um tipo de texto cujo objetivo é emitir um parecer analítico e/ou crítico sobre uma obra literária recentemente publicada. A ABNT apresenta vários tipos de resenhas.
·         Relatório - propriamente dito. No caso de resultar de uma pesquisa técnica.

Características do relatório científico

Ao contrário da literatura de ficção (romances, contos e poesias), carregada de significados e de segundas intenções, o relatorio científico deve ser claro, conciso, objetivo, elucidativo. Não se deve usar gírias, adjetivos, ou superlativos. A gramática deve ser formal e correta. A apresentação estética deve ser impecável.

 Estrutura do texto científico

Com os resultados obtidos em campo, o pesquisador deve estruturar a apresentação do seu trabalho em partes, conforme normas técnicas existentes. Geralmente o corpo do trabalho se divide em três partes, básicas e indispensáveis, que são chamados de elementos textuais:
·         Introdução – Na Introdução, o autor, dentro dessa ordem vai falar sobre o tema, sobre cada capítulo contido no desenvolvimento, sobre a metodologia e as técnicas usadas, sobre a articulação das teorias com o objeto e, finalmente, em um parágrafo, sobre as conclusões alcançadas (não é o mesmo que concluir, mas, sim falar sobre).
A Introdução de um trabalho já realizado, fala sobre como foi realizado aquele trabalho (e não sobre as aspirações pessoais do autor) e difere da Introdução elaborada para o Projeto, pois a Introdução ao projeto fala sobre um trabalho que ainda se pretende  realizar. Porisso é preciso cuidado com os tempos verbais. (Em um trabalho de cem páginas a introdução deve conter, no máximo, umas 5 páginas, mas a regra não é rígida).

N.B. A introdução é um texto do autor do projecto, por isso  deve-se evitar citar outros autores.

·         Desenvolvimento – O desenvolvimento do trabalho vai depender do tamanho (número de páginas) e das variáveis abordadas. Caso seja um trabalho muito extenso, pode ser dividido em partes e capítulos que podem ser intitulados como : capítulo 1, 2 3 etc., títulos que se refiram ao assunto de cada capítulo ou a clássica fórmula de: Introdução, Desenvolvimento (materiais e métodos) Resultados e Conclusão. O desenvolvimento dos capítulos deve seguir uma certa ordem que seja clara e coerente ao autor. Cada assunto deve ser encadeado cronologicamente. Cada capítulo deve ser finalizado com conclusões parciais, que vão ser retomadas nas conclusões finais.

·         Conclusão – a conclusão, como o próprio nome está dizendo, vai tecer considerações sobre a pesquisa, as análises realizadas, seus resultados parciais, e as articulações do objeto com as teorias. Finalmente, vai concluir se aquela pesquisa respondeu ao problema formulado no projeto e se confirmou, ou não, a hipótese (caso o pesquisador tenha trabalhado com hipótese). Como na Introdução, também na conclusão não é usual que se coloque citações de outros autores, pois se corre o risco de parecer que as conclusões são de outro. O texto conclusivo deve ser exclusivamente do autor da pesquisa. (o número de páginas da Conclusão deve ser, mais ou menos, o mesmo da Introdução, mas não é obrigado).
 Além dessas partes, a depender do destino do texto, deve-se acrescentar ao relatório:

·         Elementos pré-textuais – São os elementos que vêm antes do texto. Alguns são obrigatórios, outros são optativos:
-          Sumário (obrigatório)
-          agradecimentos
-          epígrafe
-          prefácio
-          lista de siglas
-          lista de tabelas
-          lista de ilustrações

·         Elementos pós-textuais - São os elementos que vêm depois do texto. Também alguns são obrigatórios, e outros optativos
-          bibliografia - todos os livros que foram utilizados
-          referências bibliográficas - todos os livros que foram citados (obrigatório)
-          índice remissivo
-          notas (podem vir ao final do livro ou na margem inferior do texto)
-          anexos

 

TIPOS DE PESQUISA

·         Pesquisa quantitativa

A pesquisa quantitativa é um estudo estatístico que se destina a descrever as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema de pesquisa.

Ø  Quantificação da realidade;
Ø  Uso de técnicas estatísticas para análise;
Ø  Maior precisão nos resultados;
Ø  Menor distorção da análise e interpretação;
Ø  Maior margem de segurança;
Ø  Comum em estudos descritivos;
Ø  Bom para estudos de relação de causalidade entre as variáveis;
Ø  Alta generabilidade (amostras representativas da realidade).
O método quantitativo carece de fontes secundárias (criação, aplicação, tabulação e análise de dados) coletados via questionário (fontes primárias)
Questionário é a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objectivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc..”

Ø  Não pretende numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas;
Ø  Maior profundidade dos resultados;
Ø  Pode ser quantificado em graus de intensidade;
Ø  Alto nível de complexidade dos fenômenos;
Ø  Alto nível de complexidade dos fenômenos;
Ø  Entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos;
Ø  Baixa generabilidade;
Ø  Estudos de caso ;
O método qualitativo baseia-se na realização de observação e entrevistas.
Entrevista é a técnica em que o investigador se apresenta frente ao entrevistado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção de dados que interessam à investigação. A entrevista é, portanto, uma forma de interacção social. Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca colectar dados e a outra se apresenta como fonte de informação”.

·         Pesquisa Bibliográfica: desenvolve-se tentando explicar um problema através de teorias publicadas em livros ou obras do mesmo género. O objectivo deste tipo de pesquisa é de conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado assunto ou problema, tornando-se um instrumento indispensável para qualquer pesquisa. Pode-se usa-la para diversos fins como, por exemplo:
ü  Ampliar o grau de conhecimento em uma determinada área;
ü  Dominar o conhecimento disponível e utiliza-lo como instrumento auxiliar para a construção e fundamentação das hipóteses.
Descrever ou organizar o estado da arte, daquele momento, pertinente a um determinado assunto ou problema.
·         Pesquisa exploratória: é toda pesquisa que busca constatar algo num organismo ou num fenómeno;
Exemplo: saber como os peixes respiram.
·         Pesquisa social: é toda pesquisa que busca respostas de um grupo social;
Exemplo: saber quais são os hábitos alimentares de uma comunidade especifica.
·         Pesquisa Histórica: é toda pesquisa que estuda o passado.
Exemplo: saber de que forma se deu a proclamação da Republica de Moçambique.
·         Pesquisa teórica: é toda pesquisa que analisa uma determinada teoria;
Exemplo: saber o que é a neutralidade cientifica.
·         . Pesquisa Experimental: é toda pesquisa que envolve algum tipo de experimento;
Exemplo: pinga-se uma gota de ácido numa placa de metal para observar o resultado.


MÉTODOS DE ABORDAGEM

O é método indutivo caracteriza-se pelo processo pelo qual, o pesquisador por meio de um levantamento particular, chega a determinadas conclusões gerais, ou seja, parte-se do específico para o geral.
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.
Exemplo:
O corvo 1 é preto
O corvo 2 é preto
O corvo 3 é preto
O corvo "n" é preto
-----------------------
logo, (todo) corvo é preto

Método dedutivo caracteriza-se, quando se parte de uma situação geral e genérica para uma particular.
A dedução é o processo mental contrário à indução. Através da indução, não produzimos conhecimentos novos, porém explicitamos conhecimentos que antes estavam implícitos.
Exemplo:
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
-------------------------------------------
Logo
, todos os cães têm um coração.

A dialéctica fornece as bases para uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade. Os fatos não podem ser entendidos quando considerados isoladamente. P.Ex. Para se entender os factos sociais deve-se considerar todas as influências possíveis (políticas, económicas, culturais etc.) .
A dialéctica visualiza a realidade como processo, em constante transformação. Os fenómenos não ocorrem isolados, independentes, mas em um todo unido e coerente. Eles dependem uns dos outros, influenciam-se reciprocamente. Sendo assim, para avaliar uma situação deve-se levar em conta as condições que a determinam e, assim, a explicam. A dialéctica está ligada a historicidade da realidade social. A alma da dialéctica é o conceito de antítese.
Características:
A realidade só se torna objeto na relação ativa sujeito-objeto.  Ou seja, a relação sujeito-objeto é intermediada pela atividade.
O objeto concreto é diferente do objeto empírico (do positivismo).  O concreto é produto de uma construção teórica, não é a coisa dada imediatamente aos sentidos.
O conhecimento consiste do reflexo subjetivo da realidade objetiva, ou seja, consiste em refletir subjetivamente a realidade objetiva (construção teórica, pelo processo de abstração).

Empregado em pesquisa qualitativa, não é dedutivo nem indutivo, preocupa-se com a descrição directa da experiencia, como ela é constituída socialmente e entendida da forma que é interpretada; a realidade não é única, existem tantas quantas forem suas interpretações.
O método fenomenológico define-se como uma volta às coisas mesmas, isto é, aos fenómenos, aquilo que aparece à consciência, que se dá como objecto intencional. O seu objectivo é chegar à intuição das essências, isto é, ao conteúdo inteligível e ideal dos fenómenos, captado de forma imediata.
Toda consciência é consciência de alguma coisa. Assim sendo, a consciência não é uma substância, mas uma actividade constituída por actos (percepção, imaginação, especulação, volição, paixão, etc), com os quais visa algo.



Características:
ü  princípio da intencionalidade: “toda consciência é consciência de algo”. A intencionalidade é a principal característica definidora da consciência.
ü  o objeto existe para o sujeito. Não há objeto sem sujeito, nem sujeito sem objeto.
ü  É a consciência que dá (doa) sentido às coisas. O conhecimento depende da vivência do sujeito.
ü  A fenomenologia busca a revelação da essência. (Redução eidética = busca da essência. Em grego: eidos = essência).

 

Hermenêutico:

Métodos hermenêuticos são regras técnicas que visam à obtenção de um resultado. Com elas procuram-se orientações para os problemas de decidibilidade dos conflitos.

Esse método interpreta (Interpretar é o acto de explicar o sentido de alguma coisa; é revelar o significado de uma expressão verbal, artística ou constituída por um objecto, atitude ou gesto). A interpretação consiste na busca do verdadeiro sentido das coisas e para isto o espírito humano lança mão de diversos recursos, analisa os elementos, utiliza-se de conhecimento da lógica, psicologia e, muitas, de conceitos técnicos, a fim de penetrar no amargo das coisas e identificar a mensagem contida.

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