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sábado, 5 de outubro de 2013

FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


                                       FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Conceitos Básicos:
Segundo Thesaurus do Cedefop refere que “A formação na empresa é toda a formação profissional, dada nos locais de uma empresa e a uma pessoa que tem o status de trabalhador ou de empregado”.
Existem duas abordagens na definição de formação que são funcionalista e racionalista: a funcionalista, considera que a “formação contínua dos trabalhadores se refere a sua capacitação para exercer correctamente a sua profissão e as tarefas exigidas para o seu posto de trabalho” (Buckley & Caple, 1991; Pineda, 1995). Deste ponto de vista, o conceito assume-se como uma resposta a necessidades actuais, podendo não antever as necessidades futuras.
Racionalista, define a “formação como a aquisição sistemática de competências, regras, conceitos ou atitudes que conduz à melhoria da performance noutro ambiente”. Esta definição é mais completa, na medida em que abrange as várias aquisições de saberes e contém uma referência aos resultados que devem notar-se, a posteriori, em ambiente real.
Formação profissional ou Formação no seu contexto geral significa conjunto de actividades que visam a aquisição de conhecimentos, capacidades, atitudes e formas de comportamento exigidos para o exercício das funções próprias de uma profissão ou grupo de profissões em qualquer ramo de actividade económica. É portanto uma metodologia que difere da "Educação" no sentido em que se especializa na experiência profissional e é voltada para a aquisição de competências profissionais.
Formação e Desenvolvimento – é todo o processo pelo qual um indivíduo desenvolve as competências requeridas nas tarefas relacionadas com o trabalho. Nela cabem as actividades de formação que visam a aquisição de capacidades e competências atuais e futuras. Sendo uma definição bastante geral, pode incluir todas as categorias de formação: formação formal e informal, formação no posto de trabalho e formação em sala, formação específica e formação geral.
Tendo a formação o propósito de produzir mudanças no trabalhador que se repercutirão ao nível do trabalho, tal não tem que ocorrer apenas pela via da formação de cariz técnico. Também a formação de cariz pessoal e social pode contribuir para as melhorias ao nível do trabalho. Em algumas empresas, é notória a integração da formação nas estratégias de empresa e existe uma preocupação com os resultados. Outras empresas, começam a apostar numa formação que não se limita a conteúdos técnicos inerentes as profissões desenvolvidas. Parece, igualmente, verificar-se uma tendência na partilha de responsabilidades da formação e desenvolvimento.
A formação pode, assim, enquadrarse numa lógica de acção social, na medida em que favorece a promoção profissional e eleva os níveis de qualificação dos trabalhadores. As pessoas, as empresas e o país podem obter mais benefícios se a formação for dotada desta componente de educação ou de formação geral, no sentido de preparar para a vida e para uma cidadania activa.

                                    Objectivo da Formação nas Empresas ou Organizações
Referindo-se os objectivos que a formação cumpre na empresa, apresentam uma perspectiva mais equilibrada, em que introduz uma dimensão de desenvolvimento pessoal e profissional. Considera que além de habilitar de forma progressiva para realizar tarefas de maior, a formação deve ser uma fonte de satisfação profissional e de melhoria das condições pessoais, ao mesmo tempo que cobre as necessidades dos postos de trabalho.
·         Facilitar aos trabalhadores a aquisição de conhecimentos, habilidades e capacidades necessárias para realizarem correctamente a sua tarefa;
·         Prepara-los para serem transferidos ou promovidos a outros postos de trabalho, e ajuda-los a adequarem-se ao grupo de trabalho, departamento e instituições em que trabalham.

Nas Instituições de Estado os funcionários e agentes de Estado, devem desenvolver através de processo de formação e aperfeiçoamento, as suas qualidades técnicas e profissionais, a frequência de curso de formação por funcionários ou agentes do Estado previamente seleccionado é obrigatório, a instituição, podem atribuir bolsas de estudo aos seus funcionários com vista a elevar a sua qualificação, devendo tomar-se em conta o respeito desempenho, (segundo o artigo 75, 76 e 79 do Regulamento do Estatuto Geral dos Funcionários e a Agentes do Estado).


                                 Importância da Formação Profissional nas Empresas
Antigamente os cursos de formação eram vistos pelas empresas como um custo e sem retorno. Hoje as empresas investem em cursos de formação, pois necessitam de funcionários que estejam muito bem preparados para enfrentar quaisquer tipo de desafios que possam surgir no contexto da sua actividade profissional.
A actual Lei Laboral (Lei 99/2003 de 27 de Agosto, no seu Artigo 137º); “apela à obrigatoriedade das empresas proporcionarem a formação profissional e contínua dos seus colaboradores”. Desta forma, se as empresas levarem a preceito e cumprirem com esta obrigação legal, transformam o seu investimento na formação profissional dos seus quadros uma mais-valia para a própria entidade empregadora.
Uma das importância de formação nas empresas é valorizar a imagem do funcionário e da empresa nas mais variadas competências, tendo sempre como referência o triângulo dos saberes nomeadamente as competências Psicossociais/sócia afectivas, que permitem desenvolver as atitudes comunicacionais e os efeitos comportamentais, as competências cognitivas que se situam ao nível do desenvolvimento intelectual e as competências psicomotoras para o desenvolvimento das capacidades manuais, situadas ao nível do saber-fazer.
Recorrendo ao auxílio de uma formação profissional eficiente e eficaz no seio da própria empresa, é que os empresários vão conseguir melhores resultados, quer ao nível da qualificação quer ao nível da produtividade.

                              A Importância da Formação de Líderes dentro das Empresas

A vantagem de ter um líder com uma trajectória profissional conhecida, além de suas habilidades, capacidade para atingir resultados, administrar e gerir conflitos entre outros colaboradores e com os valores e a cultura da empresa bem estabelecida na sua forma de actuar.
Um bom líder precisa ter aptidão para comandar, ser capaz de motivar, organizar e administrar as pessoas ao seu redor, estar altamente engajado com os objectivos e valores da empresa, e principalmente saber lidar com as pressões e os conflitos do dia-a-dia. Para isso, é necessário que a liderança executiva faça alguns investimentos na capacitação e qualificação dos profissionais, tanto em assuntos técnicos da área de trabalho, como em habilidades e visão gerêncial.
Sendo assim, podemos afirmar que a formação de líderes deve ser feita com cuidado, pensando principalmente em todas as responsabilidades e capacidades necessárias, porém pode ser uma acção que trata motivação e engajamento para outros colaboradores, além perpetuar a cultura da empresa e ter em uma pessoa conhecida em uma posição-chave.


                                 Finalidade de Formação e Desenvolvimento
O papel e a finalidade da formação nas instituições prendem-se, com a necessidade de os trabalhadores adquirirem novos conhecimentos, comportamentos ou atitudes, ou directamente, com o objectivo de produzir mudanças. A Instituições que consideram a formação como um custo as que a consideram um investimento é importante verificar até que ponto tem uma ideia suficientemente abrangente que ultrapassa a mera construção de competências úteis em determinado momento e, em função do negócio.
Tratase de saber se na sua estratégia e missão estão incluídas as experiências de aprendizagem, ou se elas apenas se resumem a acções pontuais, em resposta a problemas que tenham surgido. Será interessante perceber se as chefias, os supervisores e os trabalhadores, em geral, partilham responsabilidade em matéria de formação e desenvolvimento. Se o fazem, é importante conhecer como se desenvolvem eles próprios e como contribuem para o desenvolvimento dos outros.

                                          Políticas e Práticas de Formação nas Empresas
Na tentativa de caracterizar as políticas e práticas de formação foi possível identificar (3) três tipos básicos:
a)      Formação tradicional e utilitarista;
b)     Formação estratégica orientada para a resolução de problemas;
c)      Formação orientada para o desenvolvimento pessoal e social.

a)      Formação tradicional e utilitarista – neste caso, a formação dos trabalhadores, tem como fim o aumento de competências para melhorar a performance da instituição. Os próprios trabalhadores são considerados um recurso pronto a ser usado pela instituição. Quanto aos resultados esperados, estas instituições realizam a formação apenas porque a isso são obrigadas e desenvolvem enormes planos sem que estes estejam em articulação com a estratégia e com os objectivos dos departamentos. No final, estão preocupadas em atingir resultados métricos e os resultados práticos para a organização não são medidos.

b)      Formação estratégica orientada para a resolução de problemas - nas suas lógicas de acção, estas instituições encaram a formação como uma verdadeira opção estratégica para o desenvolvimento dos trabalhadores e dos próprios processos de trabalho em que a cultura empresarial é orientada para o desenvolvimento de competências atuais e futuras. Mais do que estarem preocupadas com o número de cursos realizados, estas empresas, estão, efectivamente, interessadas nos resultados e no impacto da formação ao nível do trabalho e da instituição.

c)      Formação orientada para o desenvolvimento pessoal e social - tratase de uma formação orientada para o desenvolvimento pessoal, social e relacional, numa óptica de sociabilização para o pleno exercício das capacidades de cidadania. É o caso da formação que incentiva o desenvolvimento de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários, cidadãos abertos ao diálogo que respeitam os outros e as suas ideias, e que valorizam a dimensão humana do trabalho e o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista, através da formação.

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