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sábado, 5 de outubro de 2013

Responsabilidade Social


Responsabilidade social

Os primeiros estudos que se mantém de responsabilidade social tiveram iniciam nos estados unidos de América na década 50 na Europa nos anos 60 (Bicaalho, 2003). As primeiras manifestações sobre este tema surgiram em 1906, porem essas não receberam apoio, pois foram consideradas de punho socialista, foi somente em 1953, nos estados unidos que o tema recebeu atenção e ganhou espaço. Na década de 70 começaram a surgir associações de profissionais interessados em estudar o tema, e somente a partir dai responsabilidade social deixou de ser uma simples curiosidade e se transformou em um novo campo de estudo.
Responsabilidade social é um conceito segundo o qual, as empresas decidem numa base voluntaria, contribuir para uma sociedade, mais justa e para um ambiente mais limpo. Com base nesse pressuposto, a gestão das empresas não pode, e ou não deve, ser norteada apenas para o comprimento de interesses dos proprietários das mesmas, mas também pelos outros detentores de interesses como por exemplo: os trabalhadores, as comunidades locais, os clientes, os fornecedores, as autoridades publicas, os concorrentes e a sociedade em geral.

Responsabilidades das instituições financeiras diante da sociedade

Comecemos por recordar que grande parte dos recursos que uma instituição financeira maneja, tanto próprios como alheios, provêem do público em geral, para o serviço deste mesmo público e suas organizações e empresas.
Sendo a intermediação financeira uma actividade com um grande impacto é altamente regulada, tanto em nível nacional como internacional. Neste sentido, as principais responsabilidades cobertas por legislação e regulação em muitos países abarcam temas directamente relacionados com os clientes e provedores de recursos financeiros, tais como: lavagem de dinheiro, corrupção, especulação, transparência em suas operações e os princípios de boa governança corporativa (incluindo a remuneração excessiva, conflito de interesses, directores independentes, operações com partes relacionadas, auditorias internas e externas, controle de riscos, etc.). Isto é a lei na grande maioria dos países.
E sem falar do caso dos países em vias de desenvolvimento onde estas responsabilidades podem não estar legisladas, ou reguladas ou ainda bem definidas, e – se estão – é muito provável que não estejam supervisionadas, controladas e castigadas (como deixamos de menos em português as três palavras que tão adequadas são para respaldar a responsabilidade: “accountability”, “monitoring” e “enforcement”!).
Mas não é suficiente meramente cumprir com a legislação e regulação vigente em suas operações, ainda que seja um grande progresso se o fizessem, não somente no papel mas também no espírito. As instituições financeiras têm recebido uma licença para operar, e não me refiro à concedida pela sociedade, me refiro à concedida pelos governos. A elas tem sido dada a capacidade de captar depósitos, vender instrumentos financeiros, escrever apólices de seguro com o público em troca de que lhe prestem serviços (leia-se: prestar-lhes), investir responsavelmente seu dinheiro, dar-lhes cobertura para seus riscos.

As três abordagens da responsabilidade social

Ø  Obrigação social: é quando uma empresa tem comportamento socialmente responsável, procurando o lucro dentro das restrições legais impostas pela sociedade. um gestor pode afirmar, segundo este ponto de vista, que cumpriu suas obrigações para com a sociedade ao criar bens e serviços em troca de lucros, dentro dos limites da lei. esta perspectiva está associada ao economista miltonfriedman e seus seguidores (donnely, gibson e ivancevich, 2000, p.86) que afirmam que uma empresa lucrativa beneficia a sociedade ao criar novos empregos, pagar salários justos que melhoram a vida de seus funcionários e melhorar as condições de trabalho de seus funcionários, além de contribuir para o bem-estar público pagando seus impostos.
Ø  Reacção social: é a abordagem que considera as empresas como reactivas. pressionadas por certos grupos (associações comerciais, sindicatos, activistas sociais, consumidores etc.),  as  empresas  reagem,  voluntária  ou  involuntariamente,  para  satisfazer  estas pressões.  empresas  que  adotam  esta  linha  procuram  atender  a  responsabilidades econômicas,  legais  e  éticas.  se  as  forças  externas  exercerem  pressão,  os  gerentes concordam em reduzir atividades eticamente questionáveis. ofator que leva muitas empresas  a  adotarem  esta  posição  é  o  reconhecimento  de  que  estas  dependem  da aceitação por parte da sociedade à qual pertencem, e que ignorar os problemas sociais pode ser destrutivo a longo prazo.
Ø  Sensibilidade social ou pró-atividade social:  caracteriza-se  por  comportamentos socialmente   responsáveis   mais   antecipadores   e   preventivos   do   que   reativos   e reparadores.  a  expressão  sensibilidade  social  tornou-se  largamente  utilizada  para referir  atos  que  vão  para  além  da  mera  obrigação  social  e  da  reação  social.  uma empresa socialmente sensível procura formas de resolver problemas sociais, ou seja, corresponde  a  uma  empresa  fortemente  empenhada  numa  abordagem  pró-ativa  da responsabilidade  social.  (donnely, gibson e ivancevich, 2000, p.89).

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